sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vídeo Coreografia Academia K@2

Esse é o vídeo da coreografia que está sendo criada para a turma de Basico 1 da academia K@2- centro.

domingo, 8 de julho de 2012

Vem Ai a II Festa das Alunas no Al Maual... 



É com imensa alegria que venho divulgar a nossa II Festa no Restaurante Al Maual com muita Dança, alegria, comida típica e diversão e claro tudo isso só se da pela participação das alunas, de seus familiares e nós amantes da Dança do Ventre... 
 Não fique fora dessa venha participar ou nos prestigiar!
Contamos com a sua presença!

Assista algumas das apresentações da I Festa no Al Maual...






      Qual é o caráter sagrado da Dança do Ventre?

Original de Kelly Borges


 Vamos refletir...
 Relate também a sua História...

         Patrícia Bencardine diz: Que o caráter sagrado da Dança do Ventre não está apenas no fato de ter sido originada de cultos a deusa X, Y, ou Z. Está no respeito a si mesma e as outras professoras e aprendizes, pois cada uma tem seu momento de vida. (Dança do Ventre Ciência e Arte p 76)

       E esse momento de vida está relacionado aos seus objetivos, intuitos e interesses inteiramente individuais que está relacionado com a fase que cada uma se encontra em sua existência, o que cabe para todas nós, professoras e alunas a refletirmos, qual é o nosso atual momento de vida e quais são os objetivos e interesses com a Dança?

      Eu por exemplo que me encontro grávida de seis meses tenho nesse atual momento objetivos diferenciados dos que sempre tive, pois o meu conforto e o respeito aos meus limites estão em primeiro lugar, pois não sou mais sozinha, sou inteiramente responsável pela vida que estou gerando. Antigamente os Derbaks e os movimentos mais agitados e marcados eram os mais utilizados principalmente no início das aulas e incluso claro em todas as apresentações, pois é o mais empolgante para alunas e público onde a energia das percussões são empolgantes... E agora o menos recomendado são os solos de percussões e as batidas fortes de quadril por não ser nada confortável e um tanto perigoso. Sinto saudades? E como! Sempre fui muito agitada e dotada de muitas atividades e muito pique... E na dança não é diferente amo muito a dança por completo, dançar muito, suar muito, pois traz uma sensação enorme de vida e energia, mas agora é um outro momento que estou vivendo e que também estou curtindo e aproveitando, onde exige responsabilidade, cuidados, suavidade, calma leveza e muito amor.

Esse é o meu atual momento na dança que estou vivenciando e curtindo a cada dia. De modo geral minhas expectativas e objetivos sempre foi desafios e desafios.  Um sempre maior que o anterior, competições, pré seleções, organizar eventos, espetáculos e etc... E com certeza essas expectativas continuarão e vão crescendo e claro de acordo com o meu momento de vida...

         E o seu? Conte também sua história e seu momento de vida na dança do Ventre, pois conhecer diferentes momentos e principalmente respeita-los é segundo Patrícia Bencardine o caráter Sagrado da Dança do Ventre. E que muitas vezes consideramos como impedimentos para continuar vivendo e desfrutando de sua beleza e magia indiscutível.

         

domingo, 1 de julho de 2012

I Festa Árabe na academia Versus Fight
Nossa Festa foi o máximo!!!
Tivemos aperitivos feito por nós e tudo estava uma delícia...
E todas nós dançamos lindamente, para as alunas é ótimo e importante a experiência de se apresentar e sentir todas as sensações e reações de uma apresentação ( sentir frio na barriga, medo, vergonha, bela bonita e apreciada...), para refletir depois o que foi bom o que não foi e o que pode melhorar. E ao assistir outras alunas vemos o quanto você temos facilidades e dificuldades em relação a quem está dançando e aprender e compartilhar umas com as outras...

Sempre tento despertar aspectos do gênero humano, tanto nas aulas como nos eventos para desenvolver a consciência do eu, da individualidade, das pessoas e de suas limitações e consciência da vida e da capacidade de viver...

Com muita alegria e diversão realizamos mais um evento com muita Dança e Alegria, obrigada meninas pela participação, empenho e companhia!!!!
                                                    Deise, Gorete, Kelly e Claudinha

Dança do Ventre para mulheres na Sociedade Contemporânea

A sociedade atual possui um ritmo acelerado em direção ao trabalho, ao consumo, a competitividade, aos padrões sociais pré estabelecidos e ao sistema capitalista, onde a preocupação maior é com o ter e não com o ser, pois os valores humanos sociais e individuais estão cada vez mais distorcidos e esquecidos o lembrado sempre é a produção, o consumo, a estética enfim o supérfluo o restrito a matéria. Estamos conseqüentemente inseridos nesse sistema, e como viver adequadamente de maneira saudável em meio a tantas cobranças? Quem nunca se sentiu, cobrado e sobrecarregado demais? (escola, família, trabalhos, lar...). Tudo isso causa depressões, ansiedades, distúrbios alimentares e emocionais entre tantas outras conseqüências que visualizamos diariamente nas mídias e até mesmo com parentes e amigos. Não estou dizendo que todas as mulheres enfrentam essa situação, mas tudo isso não é pouco comum, e muitas vezes nem se quer tem-se tempo e oportunidade de pensar em si mesma e refletir...

A minha intenção é causar uma reflexão de como está a sua vida? E a qualidade de vida? Você se sente bem e feliz? O que e como poderia mudar algo que não está bom? E o que tem feito para isso?

A Dança do Ventre uma arte milenar que surgiu entre as mulheres, antes de cristo, no oriente para celebração da vida, com objetivo de invocar a fertilidade e agradecer aos Deuses hoje na sociedade contemporânea é uma arte terapia, que pode contribuir muito a favor do alívio de estresse, tensão, depressão, (doenças consideradas do século XXI) e muitas outras conseqüências que a sociedade atual nos traz, pois a dança do ventre estimula a autoconfiança, autocontrole, a livre expressão, auto conhecimento, movimentos femininos, suaves graciosos que exigem concentração, delicadeza e sensualidade e desenvolve auto-estima ao conhecer e expressar a feminilidade que habita em seu interior, muitas vezes esquecidas e desconhecidas.
 O que pode resgatar a essência da mulher contemporânea que se dedica diariamente ao trabalho, aos estudos, ao lar. Muitas vezes uniformizada, preocupada com metas e produções, se colocando constantemente de modo formal, na sociedade. Durante as aulas de dança, a aluna além de se socializar, conhecendo pessoas novas ela descobre aos poucos a si mesma, conhece suas dificuldades e facilidades físicas psíquicas e emocionais no treino de cada movimento, nas diversas apresentações, na criação e execução de coreografias e por incrível que pareça o rir e o sorrir é estimulado e todos sabem o quanto rir faz bem para a vida e para a alma.
Imagine-se dançando, bem produzida, podendo utilizar sua imaginação, (sair da rotina) ser o que sempre quis (Deusa, rainha, princesa) conquistando admiração, aplausos, reconhecimento num mundo diferente da rotina. Da até um frio na barriga não é?
Se permitir a conhecer, e mergulhar em uma nova atividade com novidades, encantos e descobertas pode ser uma ótima experiência para sair da rotina e vivenciar momentos de muitas alegrias.
E a Dança do Ventre pode ser uma alternativa acompanhada de bem estar e qualidade de vida.

Kelly Borges

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Qualquer mulher pode fazer a dança do ventre?


Muita gente fica com medo de dedicar-se a uma aula de dança do ventre, pois acha-se gorda demais, magra demais, barriguda, velha demais, etc. O mais interessante é que são justamente essas mulheres que a dança do ventre pode ajudar mais. A partir do momento em que você não está satisfeita com seu corpo, você se torna uma inquilina desconfortável. Imagine que seu corpo é seu templo e seu castelo, que você deve conhecer e respeitar. Agora imagine que você não se sinta bem em seu próprio castelo! Este castelo vocÊ não pode abandonar. Portanto você deve aprender a se gostar mais, a amar-se e a dança das Sacerdotisas Egípcias é um ótimo método de valorização do “eu feminino“. A mídia nos empurrou a versão de uma mulher perfeita inatingível, e as mulheres se entopem cada vez mais de chás, pílulas, ginásticas e outros métodos não muito prazerosos para atingir a mulher do comercial. A dança do ventre ajuda a redescobrir o universo feminino e torna realmente a mulher mais bonita, porque age de dentro para fora. Ela age na conscientização da mulher, e quando ela percebe a beleza que tem deixa-a aflorar. Sua postura mudará e ela se verá como o ser único que é, com sua beleza e magia, única e individual.           

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Conselhos para as bailarinas


Ø  Não olhar para o chão. Olhe para seu público dance para eles;
Ø  Não dançar com as mãos rígidas ou sem vida – principalmente nos movimentos mais difíceis como tronco e quadril;
Ø  Estrelismo; Alguma pessoas sofrem de lanteijolite aguda, que é o mal do brilho que sobe á cabeça. Sejam rainha em cena e humildes na coxia.
Ø  Não fazer caretas ao dança lamber os lábios.
Ø  Sorria se for dançar sozinha explore o palco, ou se estiver em grupo coloque-se em seu lugar para não deixar espaços.
Ø  Roupas mal feitas. Capriche no visual que é cartão de visita da bailarina;
Ø  Não ser sedutora por demais. Ao dançar, agrade mais as senhoras convide-as para dançar, pois são elas as nossas mais sinceras admiradoras;
Ø  Enfeites que não devem ser usados juntos: usar franjas com cintos de corrente e medalhas. Uau! Ao sair de cena certamente precisará de uma tesoura.
Nunca dançar sem expressão e sem interpretação - sinta as mudanças melódicas e seja tímidas e brejeira como uma donzela, sensual e ondulante uma serpente as vezes malvada e repentinamente misteriosa. Expresse o que sente através de seu rosto e de seu corpo que conquistará seu público.   

quarta-feira, 16 de maio de 2012

10 Dicas para quem está aprendendo a dançar

Algumas dicas para tornar seu aprendizado divertido e ajudá-la a aproveitar mais de cada aula...



Originalmente publicado em ShemiranIbrahim.com

1. Respire e sinta o momento

Respire bem durante cada movimento; mantenha sua atenção focada em seus pés, seu ventre, sua pélvis e em sua respiração. Tente viver esse momento em seu ventre e em sua pélvis, sentindo seus pés tocando o chão e o fluxo de sua respiração passando pelo nariz e pela boca.

2. Relaxe os lábios
Aproxime os lábios de uma maneira mais sensual. Não force o maxilar ou a boca, deixe-os relaxados. Isso também fará com que você expire melhor pela boca e inspire mais profundamente o ar pelo nariz - dando mais energia a cada movimento.

3. Deixe a tensão de lado

Faça uma análise: você fica tensa o tempo todo durante a aula? Por que se a resposta é 'sim' e você de fato não consegue se divertir durante esse momento, talvez esteja perdendo o melhor disso tudo. Você sabe: o estresse se reflete no corpo, em seus movimentos. Faça da alegria o seu foco principal e uma mágica vai acontecer de repente, juntamente com seus movimentos: eles fluirão mais facilmente e melhor.

4. Monitore seus pensamentos

Comece mudando aqueles pensamentos negativos, de auto-crítica. Essa é uma chave poderosa para abrir a porta e encontrar sua verdadeira beleza feminina.

5. Tente deixar de lado a ambição e a concorrência

Pode parecer difícil, mas críticas demais a si mesma e aos outros só tornarão o momento da dança menos alegre e produtivo para você. Se esses pensamentos andam te atrapalhando, tente focar sua atenção em outros detalhes: sinta seus pés no chão, corrija sua postura, ou simplesmente ouça a música e se entregue a ela.

6. Faça amizades

Faça amigos, não se isole durante a aula. Tente conhecer a personalidade das outras mulheres de sua classe. Pode acreditar: isso dará mais sentido à sua dança.

7. Capriche no visual 

Lembre-se que as roupas são parte importante da dança do ventre. Compre alguns adereços para enfeitar seu lenço de quadril ou qualquer outro complemento para dar mais cor e tempero ao momento. Isso aumentará ainda mais seu interesse.

8. Atenção redobrada para os pés

Aprenda de verdade sobre o movimento dos pés. Eles são a sua base, da qual seus quadris e todo o seu corpo dependem. É como a base de uma pirâmide segurando toda sua estrutura. Então, não menospreze esse "detalhe".

9. Pergunte

Não tenha medo de fazer perguntas à sua professora. É como na escola: elas sempre servem para todo mundo, porque as outras alunas podem ter as mesmas dúvidas que você. E lembre-se: você é uma cliente, está pagando!

10. Mergulhe de cabeça na música árabe

Fique por dentro da música árabe, compre CDs e tente escutá-los sempre. Comece pelos ritmos lentos e, com o tempo, passe para os mais agitados.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dicas para Melhorar sua apresentação

Você pode melhorar bastante sua dança com pequenos cuidados que às vezes passam despercebidos, como uma boa postura e posição correta dos braços.

Postura

A primeira coisa que você deve fazer para ser uma dançarina do ventre é se comportar como uma. Você deve passar uma imagem de confiança, beleza e elegância. Você não pode parecer uma dançarina fraca ou cansada.

Ter uma postura correta não pode ser tão difícil, né?

Seu pescoço deve estar sempre reto e alongado. Mas tenha cuidado para não levantar demais o queixo e ficar com aquele ar de "superioridade", sabe? :)

Seus ombros devem estar relaxados e voltados para trás. Se você é um pouco desleixada com a postura, pode acabar passando a imagem de uma pessoa tímida ou depressiva. Quando as pessoas assistem a uma apresentação sua - não importa há quanto tempo você dance - elas querem se sentir convidadas a ver você dançando, a prestar atenção em seus movimentos. Ombros na posição correta - voltados para trás - produzem esse efeito. No entanto, tenha cuidado para não jogar os ombros para trás e empurrar demais os seios para frente. Pode ter certeza de que essa posição também não vai ser nada agradável para a sua platéia.

Confiança

Be happy. Tenha mais confiança em você e em sua dança. SORRIA sem medo. Interprete a música com seu corpo. Tudo isso contribui para que você pareça mais bonita e digna de toda a atenção da platéia.

Pense só: pode não ser muito legal parecer tímida e desconfortável numa apresentação, porque isso faz com que a platéia se sinta desconfortável também.
Confie em sua dança. Mas, independente do que fizer, tente não parecer esnobe ou "cheia de si" demais. Os motivos são óbvios: assitir à apresentação de uma dançarina que parece estar apaixonada por si mesma, e não por sua arte, não é lá muito agradável, não é mesmo? É claro que você deve se amar (e muito!). Mas sua dança pode mostrar muito mais do que isso.

Seja confiante durante suas aulas também. Faça perguntas e esclareça todas as suas dúvidas.

Espelho, espelho meu
É importante ter sempre um espelho na sua frente quando se está dançando, mesmo em casa. Na maioria das vezes, fazemos movimentos errados, mas não percebemos. Com um espelho por perto você pode ter certeza de que está fazendo tudo certinho, não apenas no que diz respeito aos movimentos, mas também em relação à postura e à posição dos braços.

Braços
Os braços fazem parte de todo e qualquer movimento na dança do ventre. Portanto, não os esqueça. Eles precisam parecer tão elegantes quanto os outros movimentos que você realiza durante sua apresentação. Seus pulsos devem estar abaixados e as mãos, levemente levantadas.

Movimentos com os braços: uma boa dica para aquele movimento no estilo "cobra" é começar levantando o cotovelo, seguindo com o pulso e por fim, as pontas dos dedos.

Joelhos travados

Nunca trave os joelhos. Nenhum movimento na dança do ventre necessita disso. Além de ser prejudicial às suas pernas, travar os joelhos tira toda a beleza do movimento dos seus quadris. Os joelhos devem estar levemente flexionados.
Fonte: Zara's Zouk

segunda-feira, 5 de março de 2012

                                           Como avaliar sua Dança do Ventre


O sonho de qualquer bailarina é manter uma platéia presa e atenta a seus movimentos, do começo ao fim de uma apresentação. Se seu objetivo, ao entrar em cena, é apenas esse, algo estará perdido. Agilidade e qualidade técnica são pontos extremamente importantes, mas não são os únicos a serem observados.

A naturalidade ao dançar aliada a um bom preparo artístico são a garantia de seu carisma em cena. Existem muitos caminhos para seu desenvolvimento, pois cada mulher é um enigma. O estudo da dança e a intimidade consigo mesma criam, ao longo dos anos, um panorama intrincado e rico que vai transparecer em sua dança. Alguns pontos a serem observados:
Dinâmica
A dinâmica diz respeito a variedade de nuances e diversificação de momentos em sua apresentação.

Você pode favorecer a concentração do público através da correta utilização da música em seus diferentes caminhos. Sua interação com o som a transforma no exemplo visual daquilo que é apreciado por nossa audição. Se, porventura, optar por ignorar as modificações sonoras que lhe são oferecidas, sua apresentação se tornará homogênea e linear, e possuirá poucos atrativos para segurar a atenção dos espectadores. A previsibilidade de seus movimentos nunca será um fator de atração, mas de dispersão.

Muitas vezes podemos perceber uma grande diferença de estilos ligada à personalidade de cada bailarina. Uma pessoa com alta sensibilidade e dotada de gosto pelo sensorial terá uma dança mais calma e delicada, seu objetivo ao dançar, provavelmente, estará conectado à necessidade de expressar sentimentos mais profundos. Pessoas fortes e voluntariosas tendem a um estilo assertivo e gosto por músicas mais suntuosas ou marcantes, demonstrando sua imposição e energia e favorecendo a visão do poder durante as apresentações.

Logo, percebemos que "não é possível brincar com fogo sem se queimar!" Para atingir o equilíbrio, devemos nos lembrar que, em primeiro lugar, antes de nosso estilo pessoal, os humores de nossa apresentação devem ser ditados pela música que nos guia e não por nosso gosto individual. Claro que cada uma de nós terá uma forma única de dizer o mesmo, mas sempre respeitando a intenção do compositor que criou a peça.

Dentro de uma música clássica, por exemplo, as falhas de dinâmica soam absurdamente claras. São peças criadas de forma diferenciada, com um número maior de instrumentos e, conseqüentemente, com mais riqueza de possibilidades para a executora-bailarina. Cabe a nós a preparação necessária para poder aproveitar tudo o que a música nos oferece.

Normalmente, uma obra clássica tem muitos momentos diferentes, alguns suntuosos, outros melancólicos e dramáticas finalizações. Cada um deles convida para uma interpretação única. Para estarmos tranqüilas durante a leitura dessa música, não podemos ter dúvidas básicas sobre técnica ou ritmos. Um repertório rico em passos e variações é solicitado, e nosso corpo responderá automaticamente aos estímulos que o som oferece.
A Dança é viva
A dança é uma arte viva e, portanto, muda como você, a cada ano. Ao adquirir novos conhecimentos ou passos, tudo se altera, incluindo a forma como se trabalha a dinâmica.

Sendo a dança uma forma de expressão sensível, ela é permeável a suas próprias flutuações de humor. Tudo pode influenciar em sua dança. Sabendo disso antecipadamente, vale a pena preparar-se. Queremos dizer, nos momentos em que a fragilidade se instala, você terá outros instrumentos para proteger a dança, se esta for sua opção profissional. Se você for bailarina profissional, não há como fugir da raia. Os grandes auxiliares nestas situações são o conhecimento técnico e a experiência de palco. Assim munida, pode enfrentar um dia complicado apresentando a mesma qualidade de dança que oferecería se tudo estivesse bem. Por dentro, você pode até saber que aquilo não foi o melhor, mas o público nunca perceberá.
O Deslocamento Espacial
Ter noção do espaço parece simples, mas não é.

O que faz com que um gato passe numa fenda pequena de um portão? Seus "bigodes" indicam o tamanho da fenda a ser atravessada. Cortando-os, você tira-lhe toda a noção espacial. Esses pequenos fios garantem tamanha precisão, que o cálculo é feito em fração de segundos, enquanto ele está correndo, por exemplo. Então ele pula e passa de forma astuta.

Deslocar-se requer mais que técnica e elegância. Requer criatividade! De posse dessa noção espacial, você executa as evoluções no momento certo e no lugar certo. Permita que todo o público possa apreciar sua apresentação e não apenas uma parte dele. Privilegiar apenas um segmento de espectadores é uma das grandes falhas encontradas nas apresentações. Nunca desmereça uma fração de seu público. Seus olhos devem estar atentos a cada ponto de sua área coreográfica, seja ela uma sala ou um palco. Acostume-se a medir, com os olhos e a sensibilidade do corpo, o espaço a sua volta.

Muitas vezes dançamos perto das pessoas. Nossa sintonia fina deve, ao menos, pressentir até onde podemos nos aproximar sem tornar inconveniente a pequena distância entre esses pontos. Como passear entre as mesas, quando numa festa os convidados estão dispostos dessa forma? Como nos livrar de alguém que já bebeu um pouco além da conta e esqueceu que não é um rei ou um paxá? Como medir o tempo certo de olhar, sem intimidar ou criar constrangimento?

O deslocamento bem trabalhado nos oferece liberdade de movimentação e elegância para fugir de situações embaraçosas sem dar o mínimo indício de desconforto a quem quer que seja, em especial às mulheres presentes.
Giros e Eixo de Equilíbrio
Os giros executados na dança estão diretamente ligados a seu "eixo de equilíbrio". Pessoas que não têm esse eixo desenvolvido perdem a noção enquanto estão girando e acabam saindo do ponto onde estão pisando, pendendo para os lados. Durante os giros, é necessária a elegância e a simetria dos braços e pernas. Quanto mais impecáveis eles forem, maior a facilidade dos giros.

A noção de eixo central é sempre trabalhada em dança acadêmica, não importa a área escolhida: ballet clássico, moderno, contemporâneo ou jazz. O giro sempre está presente em cada uma das vertentes da dança.

Se você tem uma professora ativa e habilidosa nos giros, pode solicitar-lhe ajuda no desenvolvimento de sua própria habilidade. Se esse não é o seu caso, procure por uma escola de ballet conceituada e entre na classe de iniciantes. Com certeza o desenvolvimento dessa técnica irá lhe auxiliar no reconhecimento de seu centro de equilíbrio e favorecerá diversas facetas existentes na dança oriental. Dentro do trabalho com véus, por exemplo, os giros são fundamentais. Para os deslocamentos, são essenciais.
A Emoção
Paralelo a tudo o que foi dito até agora, corre a emoção. A expressão de seus sentimentos dentro da apresentação não acontece apenas pelas "caras e bocas", ou pelo famoso "sorriso automático" estampado no rosto.

Deixando de lado regras pré-concebidas e formatadas, o caminho da expressão dentro da dança se passa " dentro de você". Se você não se permite "sentir", não haverá espaço em sua arte para expressar a sua emoção.

Ao acontecer a entrega, estabelece-se uma ligação entre o público e aquela que dança.

O significado dessa interação é difícil de ser explicado, mas traz algo mágico. Por alguns instantes não existe divisão entre nós. Cada bailarina sentirá de uma forma diferente o impacto dessa comunicação sensível, mas temos certeza de que a "marca emocional dessa conversa musical" deixará lembranças em todas elas.

Por vezes, o caminho para a entrega emocional será propiciado pelo instrumento solista dentro de uma música: um violino triste e angustiado, o som de uma flauta suspirando e chamando por alguém, um choroso alaúde dedilhando interminavelmente acerca da tristeza do amor perdido. Estimule sua sensibilidade ouvindo música, tente absorver as impressões deixadas por ela em você. Que instrumento lhe inspira mais, qual lhe provoca tristeza, qual lhe convida para o silêncio?
Fuja da superficialidade, mergulhe dentro dos sons e imagine que seus movimentos devem ser a forma visual daquilo que ouve.

"Qual o encanto que exerce uma ópera?" Cenário, luz, figurino, uma orquestra primorosa, os cantores líricos impecáveis e tudo preparado para oferecer uma viagem sonora e visual para o público: uma estrutura enorme e perfeitamente orientada para falar direto ao nosso coração. Quando você menos espera, a ópera introjetou o sentimento em você.
Guardadas as devidas proporções de grandiosidade e riqueza, deve-se preparar tudo, única e exclusivamente, para fazer vir à tona alguns segundos de emoção. Apenas estes instantes fazem valer sua noite ou seu final de semana. Serão lembrados para sempre e, provavelmente, não se apagarão de sua memória.

Lembro-me de um momento pessoal... Estava eu no Teatro Municipal de São Paulo para assistir a uma ópera sobre uma saga grega: Xerxes. Isso aconteceu há mais de 15 anos e, para mim, parece que foi ontem. Se fecho os olhos, ouço novamente o tenor que representava Xerxes, sua voz preenchendo o teatro, fazendo meus olhos encherem-se d'água. Aquilo foi tomando uma proporção dentro de mim que, por um instante, sentia que iria transbordar completamente em prantos... de felicidade! Compreende o sentido da emoção? Ela vai provocar você durante milhares de vezes na vida, esperando sua reação.

Quanto mais suscetível às emoções, mais aguçada será sua sensibilidade. Quanto mais emoção a bailarina tiver dentro de si, quanto mais profunda sua entrega, o jogo eterno das emoções fará sua parte. E você não será mais uma bailarina, mas sim uma mensageira da arte e da sensibilidade. Alguém que oferece vida através de movimentos e beleza.
A Expressão Facial
"O rosto é o retrato da alma."

Como traduzir expressão facial? Não é algo que se ensine em sala de aula. Podemos dizer que a expressão do rosto é decorrente da emoção. O que você sente ao dançar pode ser visualizado pelo público através de seu rosto.

Seus olhos podem denunciar qualquer coisa que esteja passando por sua cabeça no momento da dança: insegurança, medo, indecisão, tranqüilidade, força e afetividade. A incontável lista de possibilidades está guardada em sua face para dramatizar ou comunicar a quem lhe vê e mostrar a forma como você recebe a música.

Desenvolva, devagar e sem pressão, essa parte da dança. Procure no som as pistas para sua expressão. Que sentimentos brotam ao ouvir determinada canção? O que lhe diz sua intuição e sensibilidade?

Um repertório musical sempre renovado e atual é o melhor estímulo para a diversidade. Acostume-se a ouvir diversos estilos de música, aprecie as diferenças, descubra os pontos mais importantes de cada grupo musical e procure, através das similaridades e dos detalhes diferenciados, desenvolver uma leitura pessoal para cada um dos estilos.
Como seria ter que dançar a mesma música por anos e anos? A renovação é necessária para as células e para o cérebro. Enjoou? Guarde o CD até sentir saudades da música. Não a use por falta de opção. Mude suas músicas constantemente para renovar sua emoção.
Presença de Palco e sua Finalização
A noção de palco, só o tempo vai lhe conferir.

No começo de nossa experiência como bailarinas, geralmente o palco nos apavora, e saber que há público sedento de apresentação se parece mais com um pesadelo que com um sonho.

Em primeiro lugar, tome seu espaço e acredite no direito de utilizá-lo. Seja qual for o lugar oferecido para que sua dança aconteça, as pessoas que lá estão aguardam exatamente por isto: uma bela apresentação de dança. De certa forma, elas estão preparadas para receber o que será oferecido e estão influenciadas positivamente para assistir ao espetáculo. Tudo o que você tem a fazer é relaxar e mostrar o que organizou para o momento.

Lembre-se de olhar e se dedicar a todo o público. Quando dizemos isso, é para informar que seus movimentos deverão ser direcionados, de forma equilibrada, para todos os lados que tenham olhos direcionados a você. Não se esqueça de um pedaço da sala ou do teatro apenas porque parece menos cheio ou animado. Cada pessoa presente merece sua atenção de forma igualitária e sem predileções aparentes.

A finalização deve ser absolutamente precisa. Qualquer engano a esse respeito retira grande parte de sua força dramática.

Imagine sua apresentação como uma história que tem começo, meio e fim. Você se interessaria por ler ou ouvir uma história que não termina? Da mesma forma é a sua dança: o final coroa tudo o que aconteceu antes. Ele é a chave que fecha, de fato, a porta que se abriu aos primeiros acordes da música. Recordando sempre a fidelidade que devemos à música. Nosso corpo deve encerrar em forma de movimento as impressões sonoras que são recebidas.

Termine junto com a música, nunca antes ou depois. Seu ouvido deve ser estimulado com os mais variados sons e, principalmente, com os acordes finais.
Tranqüilidade e segurança em cena
É perceptível, mesmo para o leigo, a insegurança da artista numa dança. Seja num olhar de soslaio ou de dúvida, num passo sem a medida certa e a percepção deste, ou na indecisão dentro de uma seqüência. Para adquirir segurança, uma de nossas metas passa pelo domínio técnico.
De certa forma, a tranqüilidade estará sempre ligada a ela. O conhecimento adquirido com estrutura propicia a calma necessária para sua permanência despreocupada em cena.

Ter um estudo baseado no improviso também ajuda, e muito, seu desenvolvimento. Trabalhando alerta e sem imprimir força desnecessária em seus passos, oferecendo variações que fluem naturalmente e obedecendo às nuances propostas na música, seu caminho nasce sem esforço e tudo acontece como parte do todo. Você e a música passam a ser uma coisa só.

Não se esqueça do que foi mencionado acima acerca da dinâmica: dançar tranqüilamente não significa dançar de forma tediosa.

Hoje em dia, no Egito e Líbano por exemplo, praticamente todas danças são coreografadas. Pessoalmente, sempre fui um pouco reticente com relação à criação de seqüências fixas para apresentações, mas existem alguns fatores que devem ser levados em consideração. Um deles seria o caso específico de um show de uma hora ou mais que se repete 6 vezes por semana. Nesse caso, vale a pena preparar um programa fechado que garanta a qualidade de sua performance, mesmo quando você não vive um de seus melhores dias. Quando sua vida profissional é baseada em apresentações curtas, existe maior liberdade de ação e a opção pelo improviso dirigido parece muito mais estimulante do que a simples execução de coreografias prontas.

Para mim (Jorge), coreografias limitam a emoção. Você não pode dar o melhor de si numa música que já dançou exaustivamente em ensaios. Torna-se maçante e artificial para você. Pense no caso de Mick Jagger cantando "Satisfaction". Ele já faz isso exaustivamente desde o início dos anos 60. Você acha mesmo que ele canta com "satisfação"? Tem que cantar, pois pedem, mas para o artista, a emoção já se diluiu há muito tempo. O que existe é uma coreografia cênica, uma improvisação dirigida.
Improvisação Dirigida
Chamamos de improvisação dirigida o estudo detalhado de uma música, com diversas repetições práticas de dança ligadas à música escolhida. Depois de algum tempo estudando, você treina suas reações de acordo com cada flutuação que se apresente, e seu corpo reage adequadamente aos momentos, diferenciando a apresentação em harmonia com os sons que se apresentam.

De certa forma, a intimidade com a música lhe oferece calma e tempo para definir o que usar e quando. Os momentos dramáticos e cruciais já estão marcados dentro de seus ouvidos e, de posse desse conhecimento, poderá escolher entre diferentes opções de passos, previamente testados, aquele que lhe parece mais apropriado. O fato de ter tentado outras vezes dançar a mesma peça, enriquece seu repertório de variações. Assim, mesmo dançando a mesma coisa mais de uma vez, estará apta a oferecer uma versão fresca, de acordo com suas emoções naquele exato instante.

Aspectos importantes para um bom resultado em cena:
· Feminilidade claramente assumida. Não se esqueça, ao dançar, que o charme é fundamental na dança oriental. Não há mal algum em exercitar sua delicadeza e elegância em cena. Toda mulher possui dentro de si facetas nascidas em diferentes fases da vida. Em princípio, essas variadas expressões deveriam ter espaço dentro de nossa dança para se manifestarem livremente. Dessa forma, em algum momento visualizamos a mulher, em outros uma menina: diversas faces pertencentes a apenas uma pessoa. Quando assumimos nosso papel feminino de forma ampla e verdadeira, não corremos o risco de ofender ninguém. A sensualidade presente na dança faz parte de sua natureza e, se bem direcionada,
não agride nunca.

· Cuidado esmerado com seu traje e produção visual. Não se iluda ao pensar que os pequenos defeitos em sua roupa não serão notados, e que aquela lantejoula faltando passará desapercebida. Como bailarina, você alimenta o público de diversas maneiras. Todos os sentidos são estimulados por meio dos sons, das cores, do perfume que usa ao dançar, de sua roupa, e de sua aparência. Tudo faz parte do contexto. Cuide com esmero de seu visual. Não temos que ser magras como uma top model. Entretanto, nem mesmo no Egito, que no passado tinha predileção por bailarinas generosas em suas curvas, essa posição é mantida. Atualmente, há preferência por corpos mais delineados, ainda que longe dos padrões espartanos das modelos internacionais. Convém pensar a esse respeito. Toda profissão tem suas exigências; a nossa não é diferente.

· Conhecimento de folclore. Toda tradição traz consigo grandes riquezas, e isso não se modifica na dança oriental. O folclore dá um colorido especial a sua dança e funciona como elemento surpresa em suas apresentações. Dentro de um show longo, por exemplo, a apresentação folclórica cria momentos especiais e leves, dando a chance de alargar a visão do público acerca dessa arte.

· O trabalho com os véus. Apesar de a utilização prolongada de véus na dança não fazer parte das tradições dos países árabes, é difícil deixar de lado esse elemento tão cenicamente mágico. Como todas as outras possibilidades presentes na dança, o uso dos véus depende de treino e apuro técnico: como utilizá-lo em suas entradas e saídas de cena, que força imprimir para obter o melhor resultado, qual a velocidade exata para criar o efeito que transformará a dança em sonho. Em nossa opinião, o véu também desempenha um papel fundamental entre a saída de uma bailarina e a entrada de outra. Levado pelos movimentos sinuosos e envolventes do véu, o público se distrai e apaga, momentaneamente, a imagem da bailarina anterior, limpando a memória para receber a próxima performance.

· Agilidade e técnica de quadril para percussão e partes lentas. O quadril, dentro da dança oriental, tem o papel fundamental de ler a música em todas as suas variações. Não importa se num momento o instrumento solista é o alaúde e, num outro instante, o que se pede é a leitura dos ritmos ou frases de percussão. Tudo é essencial e não temos como ignorar um aspecto em detrimento de outro. A evolução dessa parte da dança se dá de forma gradativa e cresce na mesma medida em que o estudo se aprofunda, tanto em termos musicais quanto técnicos. O aprendizado vai abarcar diversas áreas na busca do domínio de nosso corpo. Precisamos sentir o que fazemos, pois o caminho desse domínio passa pela compreensão. Não há atalho mais curto para se aprender: o único jeito que conhecemos se traduz em aulas, prática e perseverança.

· A simetria dos braços e elegância das pernas. Os braços são a moldura de sua dança. Se bem colocados, ninguém nota sua presença; mal colocados, estragam todo o resto. Pense neles como as molduras dos quadros: o mais importante é a pintura, mas nenhuma obra de arte que se preze é colocada em exposição sem uma moldura apropriada. Experimente o estudo das formas com um espelho que lhe ofereça a dimensão de seus desenhos. Nesse caso em especial, o espelho é um ajudante maravilhoso. Seus olhos crescem em técnica antes de seu corpo; portanto, confie em seus parâmetros visuais. Se olhar para o espelho e não gostar do que vê, pode ter certeza de que algo está muito errado. Deixe-se levar por seu senso estético, pois, nesse caso, ele é tudo o que você precisa.

A simetria dever ser observada a fim de garantir harmonia e apuro na visão de sua dança como um todo. A movimentação assimétrica e descuidada revela falta de limpeza e tira a concentração do que é mais importante. É incrível como os pequenos erros se tornam enormes quando nos apercebemos deles. Se puder evitar esse desconforto, para que conviver com ele?

No que diz respeito às pernas, seu bom senso também é chamado ao serviço. Dançar com as pernas abertas demais prejudica terrivelmente sua linha e a execução dos passos. Com distância entre os pés seus esforços se multiplicam e não há garantia alguma de alinhamento. O equilíbrio também está ligado à forma como as pernas trabalham durante a dança. Essas constatações, por si só, já são um excelente motivo se tomar o devido cuidado.

Hoje as roupas oferecem mil possibilidades para exposição das pernas. Algumas bailarinas preferem ser discretas e usam roupas completamente fechadas, outras abusam das aberturas e chegam a causar polêmica com a ousadia dos modelos. Cabe a cada uma de nós exercer escolhas de acordo com os parâmetros que temos a nossa disposição. Dependendo do evento e do público para o qual vamos nos apresentar, podemos variar nosso figurino. O gosto pessoal também interferirá na seleção. De qualquer forma, nenhum tipo de figurino poderá esconder os defeitos decorrentes de má postura ou colocação errada das pernas.

A sensualidade presente na dança deve andar lado a lado com o noção de estética e bom senso. A beleza natural pode e deve ser mostrada.
Em cada país encontraremos um padrão diferenciado. No Egito, temos todos os tipos de exemplo, desde os figurinos mais modernos e nada parecidos com o que chamamos de "traje típico" até os mais tradicionais, que nos fazem lembrar os filmes das décadas de 40 e 50.
Posicionamento e uso dos joelhos
Mantenha suas pernas próximas e, no caso de deslocamentos, dê preferência ao uso de meia ponta alta. Esses cuidados fornecer-lhe-ão maior agilidade e garantia de uma movimentação delicada e elegante.

Outro cuidado que deve ser lembrado diz respeito ao posicionamento de seus joelhos durante a dança. Eles não devem se manter flexionados, pois essa colocação não lhe auxiliará em quase nada. Servirá apenas para colocar mais força sobre a articulação dos joelhos e oferecerá um esforço adicional e desnecessário para essa região.

O desbloqueio do quadril está relacionado ao controle de movimentos pequenos e delicados e à habilidade de fazer trocas de peso alternadas, e não ao uso de força e à imposição de grandes desenhos para clarear o que está sendo feito.
Musicalidade
Como definir musicalidade? Para a bailarina ser musical, poderíamos dizer, por exemplo, que sua dança deveria ser harmoniosa. Com o que estabelecer esta harmonia? O som é nosso caminho, apenas ele pode determinar a ordem, velocidade, humores e nuances de nossa execução.

O ritmo nasce conosco e está presente em nossa vida de forma natural. Nosso coração tem um ritmo próprio que se alterna de acordo com as experiências que passamos. Nossa respiração também obedece a estímulos externos, mas se mantém em níveis pré-determinados a fim de garantir a oxigenação necessária ao bom funcionamento do organismo. Com o ritmo musical não poderia ser diferente.

Dentro da dança, essa divisão marca nossos passos e mudanças, definindo finalizações de frase e troca de humores. A qualidade como bailarina passa pelo crivo da musicalidade. Sendo eficiente na leitura sonora do que é proposto, pode-se libertar para sentir o que é dançado. Um pianista não tem o direito de alterar, só por gosto pessoal, o andamento de uma peça escrita há anos. Ele deve seguir o que está sendo solicitado pela partitura. Assim também é conosco, bailarinas. Se a música pede deslocamento, devemos responder com ele; se ela passa por um instante melancólico, que assim o seja: usaremos nossa capacidade dramática para expressar a melancolia contada no som.

Se pudermos usar essa sentença como guia, creio que estaremos suficientemente inspiradas para todo o necessário no desenvolvimento de nossa musicalidade.

O estilo pessoal: sua marca registrada na dança

O seu estilo pessoal depende de tudo o que já viu, ouviu e sentiu até hoje, desde o início de seu contato com a dança. Vemos o desenvolvimento de sua "marca", como a conseqüência esperada de seu crescimento e maturidade profissional.

Devemos observar profundamente todas as grandes bailarinas que se desenvolveram antes de nós. Cada uma delas terá um papel fundamental em nossa formação. Algumas serão nossas musas inspiradoras, outras a perfeita indicação do que não queremos para nossa própria trajetória. Cada uma dessas mulheres desempenhou um papel dentro do cenário de dança e transformou a própria vida, assim como transformamos a nossa.

Ao copiar grandes bailarinas, estudando seus diferentes estilos e formas pessoais de variação, desenvolvemos novas possibilidades. Num primeiro momento, tentamos realmente duplicar aquilo que vemos no vídeo ou em aula. Estudamos até que a qualidade de nosso movimento se aproxime daquela que foi nosso motivo de estudo. Isso, por si só, já é um árduo caminho. Depois de algum tempo você perceberá que aquele passo foi incorporado a seu repertório de movimentos e adquiriu características levemente diferenciadas. Nesse momento, seu estilo pessoal está
nascendo.


Fonte: Jorge Sabngi - 2002

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dança do Ventre como Antídoto para Depressão

Dança do Ventre como Antídoto para a Depressão
Por Débora Sabongi
Pode parecer pretensioso afirmar que a dança do ventre seria capaz de tirar alguém do fundo de uma depressão, mas acredite essa situação é bem real; ela pode ajudar ..... e muito.
Durante alguns anos tenho observado que algumas mulheres procuram a dança do ventre para escapar das dificuldades momentâneas de suas vidas. Como professora de dança (desde a época do ballet), percebi que muitas de nós não são educadas para lidar com uma das mais difíceis tarefas ao longo do nosso caminho: a arte de driblar a mente, evitando que pensamentos negativos assentem sobre nossas cabeças.
Após chegar a essa conclusão, iniciei uma busca para tentar entender como funciona esse processo e talvez ajudar àquelas que estavam mais próximas a mim. Comprei livros de psicologia (e confesso que acabei me apaixonando pela matéria), pesquisei na internet e, claro, entrevistei profissionais da área de saúde para realmente compreender como tudo funcionava.
Sendo leiga, evidentemente, não pretendo levantar tese sobre este assunto tão delicado. Apenas gostaria de expor, através de uma conversa amigável, minha visão a respeito deste mal que aflige tantas mulheres.
A depressão não avisa quando vai atacar, mas alguns sinais são perceptíveis e podem nos dar uma boa dica de como não cair na armadilha. A questão é que geralmente nos deparamos com um problema qualquer e, de repente, quando menos se espera, ele já se tornou tão grande e complexo que engoliu toda a esperança de salvação. Não importa como começou o processo depressivo, o importante é diagnosticá-lo e começar a procurar ajuda o mais rápido possível.
Primeiro é necessário entender os conflitos existenciais que aumentam a cada dia; diversos “porquês” e perguntas sem fim. É preciso “entender-se”, iniciar um trabalho de autoconhecimento, e então será possível encontrar alguma saída.
Alterações de humor são comuns na maioria das vezes, apesar de cada caso possuir características distintas. Não é raro alguém neste estágio ferir ou agredir quem está próximo. O isolamento parece ser sempre o melhor remédio. A carência torna-se cada vez maior, aliando-se a sensação constante de incapacidade. Os sentimentos vão ficando mais e mais confusos. Angústias, irritação quase permanente e a procrastinação começam a fazer parte do dia-a-dia.
Um somatório de eventos vai indicando, pouco a pouco, o quanto já se está submerso no mundo depressivo. Insônia ou sono em demasia, perda de memória e concentração, falta de apetite e perda de peso, são algumas conseqüências da rotina desse estado. Nada mais faz sentido nesse momento.
O choro vai aparecendo e “do nada” se transforma em algo muito natural. Chorar não está errado, o problema é não saber por que se chora. Neste ponto, é vital procurar ajuda. Perceber que já passou de um simples ataque de estresse, que é algo sério e buscar soluções com alguém realmente capaz de entendê-la. A ajuda pode vir de todos os lados: da família, dos amigos e de médicos especialistas. Basta apenas uma única decisão. A pessoa em desequilíbrio precisa acreditar que necessita de ajuda e que com ela poderá respirar novamente. Se não se sentir impelida a colaborar consigo mesma, não haverá cura. Mesmo que todos queiram ajudar, tudo será em vão. Trata-se de um trabalho de dentro para fora, não o contrário.
Depois do “acordar”, vem a conscientização de que é essencial cercar-se de pessoas positivas e construir pensamentos otimistas, como se fossem mantras envolvendo sua mente todos os dias. Se livrar da solidão edificando amizades ao vivo, em contato real. Preencher o tempo, ora vago por causa da doença, com visitas àqueles amigos que ficaram pelo caminho.
É importante tornar os dias mais produtivos. E aí entra a dança....
A atividade física traz a sensação de bem-estar a quem sofre de depressão. A dança do ventre (como já falamos em outros artigos), com o aumento do ritmo cardíaco auxilia na circulação sanguínea no corpo todo e isso inclui o cérebro. A respiração, correta e consciente, durante os exercícios proporcionam uma agradável sensação de leveza interior.
Esta dança em particular, propicia às mulheres um aprendizado valioso que é amar a si mesma, cuidar-se. E esse amor que se desenvolve internamente, transforma-se em uma experiência de “volta a vida”.
Cada dia acontece uma nova descoberta, seja com o corpo ou com os próprios sentimentos. Outras pessoas começam a fazer parte de sua vida. Surge uma deliciosa terapia irradiada de felicidade, através de suaves músicas e movimentos.
Com a dança somos capazes de alcançar o autocontrole. Passamos a entender que as dificuldades podem ser vencidas, que o sucesso no alcance dos movimentos perfeitos (assim como na vida) são conseguidos com perseverança e que é indispensável treinar a arte da paciência.
Somos dotadas do "Poder da Recuperação", por isso se você sofre desse mal:
ü Seja positiva sempre;
ü Afaste-se de quem tanto a critica;
ü Não pratique automedicação – remédios somente com acompanhamento médico;
ü Reconstrua sua carreira, sua família e seus sonhos;
ü Surpreenda-se com suas vitórias diárias, mesmo que sejam pequenas;
Dançar é uma ótima terapia!
Débora Sabongi - Set/2008

Pré Seleção Khan el Khalili - 2011

      Em um determinado momento chegamos na fase em que sentimos falta  de sermos avaliadas, de receber considerações, elogios e críticas sobre nosso trabalho, para que haja reflexão, consciência e evolução a respeito da Dança de qualidade... A Pré Seleção foi ótima para me dar esse feed back, gostei muito da participação, me arrependo de não ter participado antes...
     


Participantes da Pré Seleção
Padrão de Qualidade Khan el khalili

A Pré-Seleção visa reconhecer, através das maiores expressões da dança em todo território nacional, as bailarinas que tem um Padrão de Qualidade em Dança do Ventre, isto é, que poderiam estar dançando na Khan el Khalili, ou que representam uma continuidade de nosso trabalho, mesmo nos locais mais distantes.

Ter um certificado de Pré-Seleção hoje, significa que sua dança foi aprovada por um grupo de profissionais gabaritados no mercado brasileiro. Abre portas, conferindo respeito e credibilidade à sua dança.
Desde a primeira Pré-Seleção (1999), muitos talentos se revelaram.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Significado da Dança do Ventre

Dançar significa alegria de viver, pois libera a energia contida no corpo, levando-o a um estado de relaxamento, desintoxicando-o e dissipando as tensões contidas. A Dança Oriental milenar e cheia de simbologias, além dos benefícios físicos, permite que nós mulheres entremos em contato com nosso lado feminino, conferindo-nos uma maneira de encarar a vida no mínimo, mais positiva e, consequentemente mais feliz.
Assim, deixe teu corpo falar a linguagem do amor... Dance!

Quem pode fazer Dança do Ventre

      Muita gente fica com medo de dedicar-se a uma aula de Dança do Ventre, pois acha-se gorda demais, magra demais, barriguda, velha demais, etc. O mais interessante é são justamente essa mulheres que a Dança do ventre pode ajudar mais. A partir do momento que você não está saisfeita com o seu corpo, você se torna um ainquilina desconfortável. Imagine que seu corpo é seu templo e seu castelo, que você deve conhecer e respeitar. Agora imagine que você não se sinta bem em seu próprio castelo! E por isso você deve aprender a se amar, a Dança do Ventre é um ótimo método de valorização do "Eu feminino". A mídia nos empurrou uma versão de mulher perfeita inátinvel, e nos entopem cada vez mais de chás, pílulas, remédios, ginásticas e outros métodos não muito prazerosos para atingir a mulher do comercial. A dança do ventre ajuda a redescobrir o universo feminino e torna realmente a mulher mais bonita porque age de dentro para fora. Age na conscientização da mulher, e quando ela percebe a beleza que tem deixa-a aflorar. Sua postura mudará e ela se verá como o ser unico que é com sua magia e beleza , única e individual.

O antes e o depois da Aluna Mercedes
A história dessa aluna que foi vítima do câncer (não podia executar os movimentos perfeitos de um braço) e que sofria violência doméstica, foi um grande aprendizado e experiência como professora, pois ela mostrava não somente a mim, mas a todas as outras alunas que limitações são superáveis, e que qualquer um pode superar seus limites físicos, afetivos, cognitivos e emocionais, basta ter esperança em 1º lugar e dedicação, determinação, disciplina, coragem, é imporante, mas também podemos aprender a adiquirir no decorrer do processo de aprendiagem. Ela me inspirou e me motivou muito com sua coragem e garra e também com sua graça e beleza que tranmitia ao dançar. Mercedes você é Especial...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Grupo Revelação no Mistério das Deusas

Grupo composto por Leila, Cecilia, Débora, Gorete e Kelly se apresentou como mostra no "Mistério das Deusas" e se classificou como Grupo Revelação no evento. Com certeza foi experiência, emoções e diversão adquirida, e mais uma experiência... Pena que esse maraviolhoso grupo se desfez... Mas modificações acontecem em nossas vidas... Parabéns!!!





   

Festa das Alunas - 16/07/2011

      Mais uma de nossas festas inesquecíveis... Nos divertimos muito e tivemos acontecimentos incríveis, improvisos inéditos, alterações na programação que nunca havia me acontecido antes e uma linda homenagem para nossa querida amiga Ana Paula Lukasevicius que infelizmente, foi o último momento conosco e sua última experiência com a Dança "nosso último momento agradável emsua presença"... Sentiremos saudades...

   Duas alunas (Leila e Goete) decidiram dançar, por insistência da Cecília que tem um poder de persuasão incrível rs e por motivação própria também ao presenciar as outras alunas...Se sairam muito bem e foram lindas, e sabe porque não queriam dançar? Pura insegurança e vergonha, e quando dançaram conseguiram transmitir alegria, charme, carisma, mistério, sensualidade, muita determinação e claro superação de seus medos e inseguranças tudo improvisadamente. e ao perguntar e aí gostou? Foi bom? Disseram que foi muito bom. Moral da história: Como a insegurança, a vergonha nos atrapalha e muitas vezes impede de sermos felizes e de demonstrar o quanto somos boa o quanto sabemos e o quanto podemos aprender através de erros, acertos e experiências... Pensem nisso e não deixem que esse mau te atrapalhe domine e superem!!!! Amei essa noite!! Parabés a todas que participaram!!! E Obrigada Marina pela parceria!!! Valew!!!!

 Bruninha
 Leila
 Marina
 Gorete
Homenagem a Ana Paula 

 Kelly Borges
Cecilia, Gorete, Kelly, Leila, Marina e Ana Paula
 Tatiana e Juliana
Cindy
    

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Espetáculos Amor e Vida I e II




 Espetáculos produzidos em 2009 e 2010 com muita cooperação, dedicação, carinho e amor.
Obrigada a todos(as) que participaram desses incríveis momentos que fazem valer a pena cada segundo dedicado a arte da Dança do Ventre.

Apresentação para as alunas...

Momento para as alunas da Academia 8. Em 2009. Momentos bons. Saudades de todas...

Ninguém pode determinar o que o corpo pode fazer, somos nós é que descobrimos fazendo e colocando em prática.
Carbonera 2008